Hoje é dia Mundial da Grávida
A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor lembra, no Dia Mundial da Grávida, as dores mais comuns na gravidez e cuidados a ter para evitar que persistam após o parto.
Na gravidez, o corpo da mulher passa por muitas alterações físicas e são frequentes as dores localizadas ou generalizadas, que podem surgir em períodos específicos da gravidez ou persistir ao longo de toda a gestação. As dores mais habituais são as cefaleias, dor na parte inferior do abdómen ou virilhas, dor nas costas, dor e mal-estar nas pernas e nos pés, dor mamária e dor uterina.
De acordo com a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), as dores de cabeça ou cefaleias são comuns durante a gravidez, sobretudo no primeiro trimestre. Ocorrem como consequência de um aumento da produção das hormonas sexuais, da pressão arterial alta ou do aumento da tensão nervosa. Por vezes, pode ocorrer uma diminuição temporária da pressão arterial, causando hipotensão que, associada a uma hipoglicemia, é responsável por dores de cabeça associadas a enjoos.
As dores na parte inferior do abdómen ou virilhas são mais frequentes a partir do segundo trimestre e ocorrem quando os ligamentos e os músculos que envolvem o útero são esticados e ganham expressão à medida que a gravidez avança. Caracterizam-se por serem dores curtas, fortes e lancinantes. A melhor forma da grávida aliviar esta dor é mover-se lentamente e ir mudando de posição. Já as dores nas costas surgem na sequência do aumento da tensão e podem ser aliviadas com o uso de calçado confortável e evitando longos períodos em pé. As pernas e os pés da grávida também sofrem com a gravidez. Os incómodos são consequência do aumento de peso e também porque as hormonas que surgem durante a gravidez relaxam os ligamentos da zona inferior das costas e os dos joelhos, tornando-os mais vulneráveis a lesões. Segundo a APED são também frequentes durante a gestação as dores mamárias e uterina. O útero é um órgão muito elástico, um músculo que dilata com a evolução da gravidez, podendo provocar desconforto. Também os seios da mulher aumentam de tamanho, tornando-se mais pesados e sensíveis.
Seja qual for o desconforto, o importante é, diz Ana Pedro, presidente da APED, o acompanhamento médico da grávida, para evitar ansiedades e receios.